sábado, 6 de junho de 2009

Shit happens, my friend!

No último domingo meu relógio marcava algo em torno de 11:00 quando acordei e, desde então, até cerca de duas horas depois, eu recebi duas notícias, no mínimo, curiosas. A primeira foi logo que eu liguei para a casa do Hudson pra saber que horas nós iríamos para o chá de bebê da Michelle. A conversa foi mais ou menos assim:

“- Alô!

- Alô? Arnaldo?

- Sim.

- Aqui quem fala é o Alexandre, colega do Hudson. Tudo bom?

- Opa, e aí Alexandre?! Tudo bem sim e você?

- Tranqüilo. Aqui, o Hudson está aí?

- Não. O Hudson ficou no Rio porque ele perdeu o vôo que tinha ontem de noite aqui pra BH. Aí ele não quis pagar a diferença pra pegar o vôo das 06:00 e resolveu voltar de ônibus mesmo. (…)”

Agora eu queria abrir um pequeno parêntese: como é que um indivíduo consegue perder um vôo?! Como?! Até mesmo eu, que não sou a pessoa mais pontual do mundo, nunca perdi uma viagem. Nem mesmo quando eu precisei voltar sozinho dos EUA (normalmente quem me coloca nos eixos pra não atrasar ao fazer as coisas é minha mãe). Confesso que já “cortei um riscado” várias vezes, como na última viagem que fiz pra Nova Guarapari com meu primo e alguns amigos, quando, na viagem de volta, eu inventei de ir trocar um anel que tinha comprado antes que o meu dedo ficasse preto e caísse. Fui correndo em uma das feiras da Praia do Morro, onde eu tinha comprado o tal anel (detalhe: faltavam tipo, 20 minutos para o ônibus sair) e, depois de receber trocentas ligações desesperadas do Bruno, voltei para a rodoviária faltando 2 minutos para o ônibus sair, com aquela cara de “É óbvio que eu ia voltar a tempo. Foi tudo friamente calculado!”. Sem contar que deixar o Bruno estressado é algo fácil e sempre divertido hahahah.

A outra grande pérola desse dia foi a ligação que eu recebi do dito cujo aí em cima, o Bruno. Mais uma vez, vamos recorrer à dramatização da “cena”:

“- Oi.

- Ô mulambo, e aí? Beleza?

- Tranqüilo.

- Tô precisando de uma coisa aqui e acho que você pode me ajudar: onde é que eu vou encontrar algum lugar aberto vendendo piercings hoje?

- Pô, Bruno…mas hoje é domingo, né. Praticamente tudo está fechado. Vai ser meio foda encontrar algum estúdio aberto. Mas aqui…que mal lhe pergunte, é algo tão urgente assim para que você não possa esperar até amanhã?!"

- Bom, é que aconteceu um pequeno acidente. Enquanto tomava o café da manhã, eu engoli a bolinha do meu piercing.

- HAHAHAHAHAH

- Isso, ri mesmo, trouxa. Só porque não é você que está com uma esfera de metal dentro do estômago, né.

- Bom, na pior das hipóteses, você sabe que seu organismo não vai digerir a bolinha, certo?!

- Ahn…

- E você sabe onde é que você vai conseguir reencontrar a bolinha, né?! hahaha

- Ah, claro. E vou colocar de novo na boca, né!?! Prefiro ficar sem o piercing!

- hahahah Eu tava zuando, né. Mas, em último caso…

(…)

- Acho bom que você NÃO comente sobre isso no seu blog pra tirar sarro do meu caso.

- Hahaha beleza. Então falou, té mais.

- Falou mulambo. Até.”

Sem comentários, né?! Sei que ele não vai ficar muito contente comigo por ter exposto o caso aqui, mas foi graças a ele que eu tive a idéia de criar este post. Mas isso foi só o que aconteceu no domingo. O restante da semana tinha mais coisas reservadas, mas com uma pequena diferença: o alvo seria eu. Já na virada de domingo pra segunda eu descobri que o casaco que havia emprestado pra minha colega na festa do sábado acabou ficando no carro da prima da aniversariante (fiquei até feliz com a notícia, já que não seria muito difícil dela esquecer o tal casaco na casa onde foi o aniversário, que fica longe pra cacete). Ah, detalhe…o casaco, pra variar, não era meu e sim do meu pai. Sabia que ele ia ficar me enchendo o saco durante a semana inteira, e não deu outra.

Em uma semana recheada de provas na faculdade é claro que nem tudo iria sair como planejado. Na prova de Psicologia Experimental II, era óbvio que a professora iria colcar questões JUSTAMENTE sobre as poucas coisas que deixei de ler. Pelo menos só perdi 4 pontos por conta disso (em uma prova que valia 15, mas acho que fora isso eu me dei bem). Mas é impressionante como as coisas conspiram para nosso fracasso no caso das provas. Podem dizer que é clichê, mas o pior é que é verdade. Pare e pense em quantas vezes você não sentiu vontade de levantar no meio da prova e dizer ao professor(a) “Porra, que merda é essa?! Como é que você me coloca questões justamente sobre aquilo que eu deixei de ler?! Como se não bastasse a quantidade enorme de textos da matéria, você ainda me faz isso?!”. Ok, pode ser que você nunca tenha sentido tanto ódio assim (não foi o caso desta prova, mas já cansei de ficar puto com coisas assim), mas aposto que você também já passou por isso. Pelo menos fica a lição: quando você se deparar com aquele texto chato ou com aquela nota de rodapé com informações aparentemente inúteis, não deixe de ler, porque certamente cairá na prova.

Murphy…ah, nosso querido amigo que conspira para a infelicidade alheia. Em uma das poucas semanas que deixei de levar os famosos pães-de-mel pra vender na faculdade, até pessoas que não compravam há MUITO tempo, ou mesmo pessoas desconhecidas, vieram me procurar pra comprar. E eu lá, com cara de bunda dizendo “ahn…essa semana eu não trouxe…”. Nessa brincadeira eu devo ter deixado de ganhar mais de 100 pratas. Vê se isso tem base?! Enfim…

Mas para fechar a semana com chave de ouro, eis que chega sexta feira. Um dia bacana, bom pra sair, tomar cerveja com os amigos, dar muitas risadas e descansar merecidamente depois de uma semana fudida. Merda nenhuma. Dormi menos de 6 horas de quinta pra sexta (o que costuma me deixar bastante mau-humorado), acordei as 05:40, e passei o dia INTEIRO na UFMG esperando até cerca de 20:00/21:00, que era o horário da calourada do DCE. Diga-se de passagem, eu nunca havia ido a uma calourada do DCE desde que entrei na faculdade e…… continuo sem ter ido a uma calourada do DCE. Já no meio da tarde, meu amigo Renan me fez o favor de colaborar pra tirar ainda mais o pouco de empolgação que me restava para a festa: “Ah, sei lá…essas calouradas do DCE não são grande coisa não. Já fui e não curti muito.”. Antes eu tivesse dado ouvidos a ele… Assim que cheguei perto da entrada da festa e vi o que me esperava, eu vendi meu ingresso pra uma caloura, dei meia volta e vim pra casa. O lugar estava simpesmente lotado. Mas tipo, MUITO cheio mesmo! “Ah, mas pra uma pessoa acostumada a ir em tantos shows você tá com muita frescura, Alex!”. Pois é, mas acontece que nos shows você fica parado. No máximo, pula ou então entra numa roda de mosh. Agora, imagine a fila pra comprar cerveja na tal festa?! Aposto que dava até pra perder a vontade de beber. Festas com tanta gente assim, estão fadadas ao fracasso. Você não consegue andar, não consegue bebida ou comida e não consegue andar junto do pessoal que está com você (sempre, SEMPRE tem alguém que se perde no meio da muvuca e dá trabalho pra ser encontrado depois). Então, pra que diabos você vai ficar na festa?! Com a maré de sorte, não seria difícil de perder o ônibus de 00:00 e ficar preso na UFMG até o horário do ônibus seguinte, as 02:30, então fui logo embora pra não correr o risco. Este tema sobre festas lotadas e/ou ruins merece um post exclusivo (mais um pra lista!), pra eu não precisar esticar ainda mais este daqui.

Como se não bastasse, cá estou eu, com princípio de gripe e deixando de ir a uma comemoração de aniversário em um restaurante de comida japonesa, com medo de que possa acordar amanhã pior do que acordei hoje. Passei a tarde inteira assistindo desenho animado… está na cara que vou ficar gripado pra valer (isto se eu não for derrubado pela bronquite que me persegue insistentemente todos os anos). Este é sempre um dos primeiros sinais…

Será que isso tudo é o resultado de alguma maldição por eu ter postado aqui sobre o que aconteceu com o Bruno?! Será que é alguma das famosas “pragas de mãe”?! Será que as coisas vão de mal a pior indicando que um futuro feliz me aguarda em breve?! Não perca, no próximo episódio!

PS.: A culpa por ter perdido o vôo não é inteiramente do Hudson, já que a empresa aérea não colaborou com ele, mas ele bem que poderia ter chegado mais cedo no aeroporto, ao invés de botar os pés lá faltando menos de 30 minutos para a decolagem…

Um comentário:

Isabella Augusto disse...

Lelê, não consigo parar de pensar na bolinha do piercing do seu amigo. Merdas acontecem, mas essa vai ser sofrida.