domingo, 24 de maio de 2009

Da purrinha ao vídeo-game

Lá vou eu mantendo a incrível freqüencia mensal de posts no blog. Está difícil manter isso daqui atualizado regularmente. Os horários doidos da faculdade e a falta de inspiração (ou então o esquecimento completo) pra colocar qualquer coisa interessante aqui acabaram me atrapalhando. Mas não vamos nos ater a esse detalhe e vamos ao que interessa.

Quem me conhece bem sabe que desde pequeno há uma coisa à qual não resisto: jogos. Desde um simples jogo de Damas aos mais modernos jogos eletrônicos, sempre há espaço pra algum deles ocupar. Eu já fiz até mesmo uma famosa aposta que valia um presente especial pelo resultado de uma partida “melhor de 3” no Campo Minado do MSN (partidas muito acirradas, diga-se de passagem). E sempre tive quem me acompanhasse nas jogatinas, em especial, meus primos. Aliás, história pra gente contar sobre isso é o que não falta. Quando eu era um batutinha, com uns 5 anos de idade, conheci aquilo que iria mudar minha vida para sempre: o LENDÁRIO Super Nintedo. O que o meu dedão esquerdo sofreu com isso não está escrito nos outdoors. Jogávamos, literalmente, até o dedo ficar ferido e com bolhas. O que a gente tinha na cabeça?! Não sei, mas pelo menos tivemos infância hahah. E nossa infância deu pano pra manga. Vou até fazer um momento flashback aqui no blog contando alguns casos, mas não agora.

“Ah, não! Puta que o pariu! Parei de jogar!”. Talvez essa tenha sido a frase que nós mais escutamos durante nossos jogos. Não dá pra falar de jogos sem falar de uma coisa que sempre caminhou de mãos dadas com a gente: as brigas e confusões. Qualquer um que estiver lendo isso vai pensar “Ah, mas às vezes rola uma discussão mesmo. É normal”. “Às vezes” o cacete, mermão! Quer a gente estivesse jogando purrinha ou vìdeo-game, era raro a gente conseguir jogar qualquer coisa que fosse sem que alguém tacasse lenha na fogueira. Claro que isso não acontecia TODAS as vezes, mas as provocações e a competitividade também não eram visitantes tão ausentes assim. Aliás, até hoje isso acontece, já que não paramos de reunir pra jogar depois que ficamos mais velhos. Tanto é que eu NUNCA consegui terminar uma partida de War, vê se isso tem base?! Também já perdi a conta de quantas partidas de Imagem & Ação, Perfil, Master (o jogo produtor de pérolas em potencial), Combate, Mau-Mau, Palavras-Cruzadas e, acredite, até mesmo Damas ficaram pela metade depois de alguém soltar a primeira faísca. E a lista de jogos incompletos não pára por aí. Mas se tem um jogo aí no meio que desperta o ódio em meu coração só de escrever o nome dele é o tal do Palavras-Cruzadas. Jogo dos infernos, viu… Esse trem rendeu um quebra-pau tão grande em uma viagem que fizemos pra praia de Nova Guarapari em 2004 (se não me falha a memória; e ela não costuma falhar) que eu acho que nunca mais joguei o maldito jogo de tanta raiva que passei. Culpa da minha mãe. Se não fosse ela com o péssimo hábito de meter o bico de fora do jogo eu não teria começado a ficar impaciente (tudo bem que eu também não sou santo, mas minha mãe não colabora, né); como se não bastasse, alguém cismou com algo que eu fiz no jogo e eu não concordava nem a pau. O resultado disso foi desastroso, é claro.

Você deve estar se perguntando o que é que acontece para que a gente brigue tanto nos jogos, já que isso era pra ser uma coisa divertida, certo?! E é divertido, eu nunca disse o contrário. Acontece que a gente sempre teve a mania de ficar fazendo provocações durante o jogo, o que deixa qualquer um puto, ainda mais se estiver perdendo. Outro problema vem das malditas regras do jogo, já que sempre aparece alguém pra discutir alguma regra com a qual não concorda; ou então quando descobrem que alguém está roubando. E o responsável pelo início das confusões poderia ser qualquer um (apesar de que, há um certo alguém em especial que era MESTRE pra riscar o fósforo, mas eu não vou contar que se trata do Gabriel). Eu mesmo não me esqueço de uma partida de Mau-Mau que eu estava jogando com mais 3 primos e que não acabava nunca. Depois de tanto desgaste o jogo acabou quando descobriram que eu estava roubando para a partida acabar mais depressa (essa vai pro pessoal da faculdade: não, eu não roubei nas partidas de Mau-Mau que jogamos até agora). Mas ainda que nossos jogos costumem acabar em confusão, não dá pra negar que adoramos nos reunir pra jogar e que a gente sempre se diverte muito, o que rende boas risadas e muita história pra contar.

Confesso que havia um bom tempo que eu não jogava nada com freqüência, mas neste ano (que está sendo infinitamente melhor do que o anterior) eu encontrei calouros que são realmente animados e formam um grupo incrível de pessoas. Não que eu esteja desmerecendo as turmas anteriores, mas até agora a turma de 2009-1 tem me saído melhor do que a encomenda já que, além de animados, são também ótimas companhias. Consegui até mesmo marcar um dia de jogatina com o pessoal aqui em casa! Enfim, com o aparecimento desses calouros os jogos viraram rotina, e o banco de concreto próximo ao D.A e o corredor das salas de Filosofia depois do almoço viraram parada obrigatória toda quarta e sexta. Este ano está dando tão certo que até mesmo os meus primos FINALMENTE conseguiram concretizar a profecia de 8 ou 9 anos atrás (queeeee isso!) e compraram um Playstation 2 (o plano de quase uma década atrás era comprar, obviamente, o Playstation 1). Isso é surreal! hahahah. Ter tido a oportunidade de juntar novamente com eles pra jogar vídeo-game e destruir meu dedão foi impagável. Só não vou contar a novela dos 2 com essa compra porque o post já está grande demais, então acho melhor deixar pra depois.

Ainda que todos os primos não se reúnam pra jogar há um bom tempo, eu continuo mantendo o hábito lá na faculdade. Meus decks de baralho, pelo menos, não saem mais de dentro da mochila. Agora, se o famoso ditado envolvendo jogos é mesmo verdadeiro ou não, isso eu vou descobrir em breve…